quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!




Queridos Amigos e Alunos!


Antes do ano terminar, aqui fica o desejo sincero de um fantástico 2010!




Que este ano, seja palco da concretização de todos os seus sonhos e maiores desejos, evolução pessoal, relacionamentos pessoais, familiares, evolução profissional e aumento da consciência.

Termine 2009 observando-se melhor a si mesmo e projecto um 2010 mais pleno e ambicioso! Inicie o novo ano entendendo cada vez melhor os outros e o mundo que o rodeia, seja você mesmo a mudança que quer ver no Mundo!

Bom Ano!
SwáSthya
Equipa Carvalhido

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Aniversário

Queridos Alunos!

Hoje temos outro aluno de parabéns, é a nossa querida Dalila.
Desejamos-lhe muita felicidade, e que este dia marque uma etapa muito próspera e cheia de grandes realizações.

Beijinhos de todos nós!
SwáSthya

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Aniversário da Ana Helena

Queridos Alunos

Hoje é o dia de aniversário da nossa Querida Instrª. Ana Helena. Parabéns Linda e muitas felicidades, são os votos de toda a Equipa que tanto gosta de ti!

Beijinhos e muito SwáSthya!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal equipa!

Equipa querida, o facebook está marado e não consigo entrar no vosso perfil. Espero que vejam essa mensagem :)
Quero agradecer-vos de coração todo o companheirismo, todo o empenho, toda a dedicação mesmo em tempos mais difíceis.
Quero agradecer pelo prazer da vossa companhia, pela alegria das nossas risadas e por partilharem comigo o mesmo ideal.
Quero agradecer cada tarefa cumprida e cada idéia que torna a nossa unidade mais feliz e próspera. É tão bom trabalhar com vcs!
Para a Adélia, desejo que em 2010 você consiga abrir a sua unidade, e que essa seja como uma continuação da nossa, um espaço que brilhe na energia do SwáSthya! Admiro-te imenso baixinha e tens imenso potencial! Estamos aqui para te apoiar.
Para a Sabrina e Val, que continuem lutando pelo vosso sonho e que no caminho possam fazer parte do nosso. Que em 2010 vcs sejam ainda mais felizes juntos e consigam tudo o que desejam.
Para a Sandrinha, que 2010 seja o ano da mudança, que consiga realizar-se ainda mais na nossa profissão e que esteja do nosso lado sempre. Avizinha-se muito trabalhinho e muita diversão :)
Para Alice e Eulália, que nesse vosso primeiro ano como instrutoras vcs consigam verdadeiramente sentir o privilégio do nosso trabalho e que aprimorem-se cada dia mais. Nunca percam o brilho desse ideal.
Para a Aninha piu-piu, que continue alegrando as nossa vidas e que mantenha essa pureza, essa alegria e esse carinho por todos nós. Que em 2010 vc esteja ainda mais realizada e que o SwáSthya esteja sempre presente.
O testemunho vai longo... hehe
Para o Fil, nem sei o que dizer, na verdade. As palavras são poucas.. Vc para mim é o verdadeiro significado de amigo mais que irmão! Tudo o que temos devemos muito a vc. O sucesso da nossa Escola é fruto de todo o teu empenho desde os primórdios e agradeço do fundo do coração a sua fiel amizade. Quero estar sempre do teu lado te apoiando e 2010 vai ser o nosso ano xuxu! Te amo, te amo, te amo!
Ufa ufa.. acabou..
E eu que mentalizo 12 instrutores na equipa.. ehhhhahaha... o ano que vem passo a consoada toda nos agradecimentos. :)

Feliz Natal e Feliz 2010!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Treino de Coreografia



Queridos Alunos,

Amanhã às 21h00 teremos um treino de coreografia bem intenso e agradável, é bom ver a evolução do trabalho desenvolvido com a turma de coreografia, pois cada um de nós está a treinar com disciplina, constância e em fase de aperfeiçoamento dos pormenores.

Vem participa, estás sempre a tempo de começar e criar a tua própria sequência, temos sempre muito a aprender uns com os outros!

Mahá Abraço

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bar Khan el Khalili - Demonstração de coreografia

Hoje a noite 23h30 demonstração de coreografias do Método DeRose no bar khan el Khalili na Rua de 5 de outubro na Boavista, Porto!

Vamos estar lá um pouco antes, aproveitemos para estarmos juntos, conversar e nos divertir enquanto assistimos à nossa querida Sabrina Vallar em mais uma demonstração da terceira característica do Método DeRose.
Participe, vivêncie o método, esteja com os seus colegas de prática, converse e alargue o seu círculo de amizades!

SwáSthya

Feliz Natal e Feliz Hannukah

Aceite meus votos de Feliz Natal e Feliz Hannukah
e os próximos doze meses de pleno de diálogo, compreensão e generosidade.
Que todos os povos, todas as etnias, todas as religiões possam se abraçar e congraçar-se.
Que todas as modalidades de Yôga, Yóga, Yoga e ioga possam deixar de lado suas diferenças e praticar a verdadeira União.
Possamos todos respeitar os outros seres humanos e suas culturas, possamos respeitar os seres angelicais de quatro patinhas, possamos respeitar o planeta que nos acolhe e a todos retribuir da forma mais carinhosa.
Para trazer felicidade, a muita gente basta um abraço, para muitos anjinhos peludos basta um afago e para o planeta basta um pouco mais de consciência.
Para mim, peço apenas a sua amizade sincera, um abraço apertado e sua presença sempre que possível.

Autor: DeRose


http://www.uni-yoga.org/blogdoderose/

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SAT CHAKRA


Queridos Alunos!

Ontem fizemos um sat chakra simplesmente divino, foi bom ver tanta gente na nossa sala, gente feliz, animada e bem disposta, obrigado a todos pelo carinho e pelas mentalizações que fizemos pelo nosso novo Espaço.

Mahá abraço!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Galerias Paris - Demonstração de coreografias


Querido Alunos!

Esta próxima quinta feira vamos assistir à demonstração de coreografias das Instrªs. Sabrina Vallar e Adélia Loureiro nas Galerias Paris, na baixa.
Estaremos lá por volta das 23h00, gostaríamos de contar com a sua presença, esta é mais uma óptima oportunidade para estarmos juntos e reforçarmos os laços de amizade que caracterizam a nossa egrégora.



Mahá Abraço

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Treino de coreografia


Queridos todos!

Este sábado vai decorrer na nossa escola um treino de coreografia bem especial, vai ser ministrado pela nossa querida Terezinha Dias, que com a sua sensibilidade irá auxilia-lo a aprimorar-se nesta característica do Método DeRose.
Não deixe de participar, será mesmo bom!
Entre as 9h00 e as 12h00

SwáSthya

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O PÚJÁ


O pújá é uma das partes mais importantes da nossa prática, ele gera um campo de forças favorável à identificação com os arquétipos dessa linhagem criando uma forte identificação.

O PÚJÁ NO MAGISTÉRIO DO YÔGA

No Oriente, homenagear os educadores é uma rotina, quer seja nas escolas de Yôga, quer seja nas de música, dança, línguas, entre outras.
A presenças deles é imprescindível na transmissão do conhecimento, especialmente em nossa área.
Praticar Yôga sem um orientador é conhecer algumas técnicas, mas não a filosofia que as fecunda. Como diz Mircéa Eliade: "aquilo que caracteriza o Yôga não é apenas o seu lado prático, mas também sua estrutura iniciática. Não se aprende Yôga sozinho, é necessária a orientação de um Mestre" Portanto, é preciso integrar a filosofia às técnicas, experienciando-as em sua plenitude, para apreendê-las por meio da relação directa e da sintonia com os instrutores.
Na falta do instrutor, um estudante terá seu desenvolvimento comprometido. Para ilustrar, citamos o que acontece nos desportos. Todo o desportista profissional tem sempre seu treinador, detectando erros e acertos, intervindo no desempenho do atleta. Isso ganha maior amplitude quando se trata do Yôga. Sendo uma filosofia de vida, há um interferência directa no comportamento, nos hábitos e na personalidade do praticante.

Extraído do livro: A força da gratidão.
Mestre Sérgio Santos

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Curso Básico


Agora às 23h00 temos o prazer de assistir em tempo real à aula do curso básico ministrada pelo Educador DeRose, aula que é ministrada todas as semanas na Unidade Jardins em São Paulo.

Assim quando não puder participar da aula na escola, poderá sempre, assistir à transmissão deste conhecimento directamente das mãos do Educador DeRose.
Não perca, vale mesmo a pena!

Mahá Abraço

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cine-Gourmet

Queridos todos!

Esta sexta-feira dia 27, às 20h30 temos cine-gourmet, desta feita será em casa da Instrª. Sabrina Vallar.

Teremos a honra de contar com a Instrª. Terezinha a colocar as mãos na massa e, ensinando-nos a fazer uma refeição deliciosa, batatas gratinadas com legumes e a sobremesa a cargo do Instr. Filipe, fazendo uma tarte de kiwi.

Participe, venha passar um serão bem agradável na nossa companhia e assistir a um filme; como habitualmente esse filme terá um ponto de encontro com as visões da Nossa Cultura, aí poderá partilhar experiências, e opiniões com todos os participantes.

Faça a sua inscrição!

SwáSthya

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Queridos Alunos

Dia 7 de Dezembro vamos assistir à apresentação de coreografias do Método DeRose no Bar "BerBer" pelas 23h00 na Póvoa de Varzim, com as nossas demonstradoras Adélia Loureiro e Sabrina Vallar.

Aproveitemos mais uma oportunidade para estar juntos, convivermos e reforçar os laços da nossa Egrégora, convide alguns amigos seus e, leve-os consigo.

Mahá abraço

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SAT CHAKRA



Queridos alunos!

Assim foi o nosso sat chakra, muito participativo, imensos alunos queridos e amigos da Póvoa. Próximo mês sat chakra de Natal, queremos que seja ainda melhor, organize a sua agenda e reserve o dia 16 de Dezembro para passar um excelente serão e participar do último sat chakra de 2009.
Vamos ter algumas surpresas, entre elas demonstração de coreografias de alunos que se estão a aprimorar nesta característica do Método DeRose.

Mahá Abraço

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Curso Básico

Querido Aluno,

hoje à noite temos aula do curso básico ministrada pelo Mestre DeRose directamente da Escola do Campo Alegre, transmitida via internet, às 23h00.

Veja a aula e dessa forma aprofunde os seus conhecimentos.

www.metododerose.org/derose/aovivo/


SwáSthya

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Gala DeRose 09

O Educador DeRose estará entre nós para uma série de eventos e cursos, teremos uma agenda cheia com o Filósofo e Escritor que conta já, com mais de um milhão de livros vendidos em todo o mundo.

DeRose vai presidir sexta-feira, no edifício da alfândega do Porto ao lançamento do livro “Histórico e trajectória” e ao lançamento formal do DVD de entrevista “Conversas com Rumo”, da autoria do jornalista António Mateus.

Ponto alto de todos os eventos é a Gala DeRose marcada para as 20h00.

Sábado à tarde DeRose irá leccionar um curso de mantra na Universidade Lusófona.

Veja como foi a Gala DeRose08

http://www.youtube.com/watch?v=gfZ0d2kSQy4&feature=player_embedded

Mahá Abraço

Euro Yôga 2009





Querido aluno!

Aproxima-se o Euro Yôga 2009, este ano com uma programação irresistível, este evento é realizado em Paris e conta com a Presença do Mestre DeRose onde também realizará cursos.
Teremos lá a nossa Querida Sabrina a participar do curso ásanas para coreografias.

Este é um evento cada vez mais marcante para a expansão do Método DeRose na Europa,uma agenda cultural muito rica e cursos com alguns dos mais reconhecidos docentes da nossa estrutura, participe!

SwáSthya

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

TREINO DE COREOGRAFIA


Querido Aluno!

Esta quarta feira teremos treino de coreografia às 21h00, venha aprimorar-se nesta característica do nosso método.
O grupo já conta com mais de um mês de aulas e alunos bem fieis que apostados na sua evolução já estão com uma sequência montada e em constante aprimoramento, está sempre a tempo de começar e contará sempre com o apoio dos mais antigos que o poderão auxiliar neste processo.

Esta semana faremos um treino específico tendo como base o livro "Coreografias do SwáSthya Yôga" da Profª. Anahí Flores.

Participe, venha reforçar os laços da nossa Egrégora.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A sistematização do SwáSthya Yôga

O que é uma codificação

(Segundo o dicionário Houaiss, o primeiro significado de codificar é: “reunir numa só obra textos, documentos, extratos oriundos de diversas fontes, coligir, compilar.” )

Imagine que você ganhou como herança um armário muito antigo (no nosso caso, de cinco mil anos). De tanto admirá-lo, limpá-lo, mexer e remexer nele, acabou encontrando um painel que parecia esconder alguma coisa dentro. Depois de muito tempo, trabalho e esforço para não danificar essa preciosidade, finalmente você consegue abrir. Era uma gaveta esquecida e, por isso mesmo, lacrada pelo tempo. Lá dentro você contempla extasiado um tesouro arqueológico: ferramentas, pergaminhos, sinetes, esculturas! Uma inestimável contribuição cultural!

As ferramentas ainda funcionam, pois os utensílios antigos eram muito fortes, construídos com arte e feitos para durar. Os pergaminhos estão legíveis e contêm ensinamentos importantes sobre a origem e a utilização das ferramentas e dos sinetes, bem como sobre o significado histórico das esculturas. Tudo está intacto sim, mas tremendamente desarrumado, embaralhado e com a poeira dos séculos. Então, você apenas limpa cuidadosamente e arruma a gaveta. Pergaminhos aqui, ferramentas acolá, sinetes à esquerda, esculturas à direita. Depois você fecha de novo a gaveta, agora sempre disponível e organizada.

O que foi que você tirou da gaveta? O que acrescentou? Nada. Você apenas organizou, sistematizou, codificou.

Pois foi apenas isso que fizemos. O armário é o Yôga Antigo, cuja herança nos foi deixada pelos Mestres ancestrais. A gaveta é um comprimento de onda peculiar no inconsciente coletivo. As ferramentas são as técnicas do Yôga. Os pergaminhos são os ensinamentos dos Mestres do passado, que nós jamais teríamos a petulância de querer alterar. Isto foi a sistematização do SwáSthya Yôga.

Por ter sido honesta e cuidadosa em não modificar, não adaptar, nem ocidentalizar coisa alguma, nossa codificação foi muito bem aceita pela maioria dos estudiosos. Hoje, esse método sistematizado no Brasil existe em todos os Continentes. Se alguém não o conhecer pelo nome de SwáSthya Yôga, conhecerá seguramente pelo nome erudito e antigo: Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga.

Seu nome já denota as origens ancestrais uma vez que o Yôga mais antigo (pré-clássico, pré-ariano) era de fundamentação Tantra e Sámkhya. Compare estas informações com o quadro da Cronologia Histórica publicado originalmente no meu livro Yôga Sútra de Pátañjali, editado sob a chancela da Universidade de Yôga.

Extraído Blog do DeRose.

Mahá Abraço

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CURSO DE MANTRA


Querido Aluno!

Sábado dia 14 às 14h00, temos o Curso de Mantra com o Educador DeRose. Inscrições abertas até segunda-feira dia 9.

Participe, vai ser muito bom, aproveite este privilégio que temos em sermos contemporâneos ao sistematizador do SwáSthya.

Mahá Abraço

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

CONVERSAS E CHOCOLATE QUENTE


Queridos Alunos.

Esta sexta feira vamos à Unidade Campo Alegre, para participar da actividade cultural a decorrer lá, às 22h00.
"Conversas com chocolate Quente", participação do jornalista António Mateus, o mesmo que fez a entrevista ao Mestre DeRose.
A temática será: Duas Vidas, Dois ideais, onde se fará um paralelo entre DeRose e Nelson Mandela.

Participe vai ser muito bom!

Mahá Abraço

terça-feira, 3 de novembro de 2009

RESUMO DO HISTÓRICO



Querido Aluno!

Aqui fica, um pouco sobre o livro que irá ser publicado no dia 13 de Novembro, sobre o histórico e percurso do Educador DeRose.



SwáSthya







Resumo do Histórico

DeRose é Doutor Honoris Causa, Comendador e Notório Saber por várias entidades culturais e humanitárias, Conselheiro da Ordem dos Parlamentares do Brasil, Conselheiro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História, e Conselheiro da Academia Latino-Americana de Arte. Tem quase 50 anos na profissão de educador e 24 anos de viagens à Índia, freqüentando durante essas estadas no país inúmeras escolas, mosteiros e outras entidades culturais, nas quais buscou aprimorar seu conhecimento da Filosofia Hindu.
Em 1960 DeRose começou a lecionar numa conhecida sociedade filosófica. Em 1964 fundou o Instituto Brasileiro de Yôga. Em 1969, publicou o primeiro livro (Prontuário de Yôga Antigo), que foi elogiado pelo próprio Ravi Shankar, pela Mestra Chiang Sing e por outras autoridades. Em 1975, já consagrado como um professor sincero, encontrou o apoio para fundar a União Nacional de Yôga, a primeira entidade a congregar instrutores e escolas de todas as modalidades de Yôga, sem discriminação. Foi a União Nacional de Yôga que desencadeou o movimento de união, ética e respeito mútuo entre os profissionais dessa área de ensino. Desde então, a União cresceu muito e conta hoje com centenas de escolas, praticamente no Brasil todo e instrutores na Argentina, Chile, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Escócia, Alemanha, Itália, Havaí, Indonésia, Canadá, Estados Unidos, Austrália e outros países.
Em 1978, DeRose liderou a campanha pela criação e divulgação do Primeiro Projeto de Lei visando à Regulamentação da Profissão de Professor de Yôga, o qual despertou viva movimentação e acalorados debates de Norte a Sul do país. A partir da década de setenta, introduziu os Cursos de Extensão Universitária para a Formação de Instrutores de Yôga em praticamente todas as Universidades Federais, Estaduais e Católicas. Em 1980, começou a ministrar cursos na própria Índia e a lecionar para instrutores de Yôga na Europa. Em 1982, realizou o Primeiro Congresso Brasileiro de Yôga. Ainda em 82, lançou o primeiro livro voltado especialmente para a orientação de instrutores, o Guia do Instrutor de Yôga; e a primeira tradução do Yôga Sútra de Pátañjali, a mais importante obra do Yôga Clássico já feita por professor de Yôga brasileiro. Desafortunadamente, quanto mais sobressaía, mais tornava-se alvo de uma perseguição impiedosa movida pelos que sentiam-se prejudicados com a campanha de esclarecimento movida pelo Prof. DeRose. Em 1994, completando 20 anos de viagens à Índia, fundou a Primeira Universidade de Yôga do Brasil e a Universidade Internacional de Yôga em Portugal. Em 1997, DeRose lançou os alicerces do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

DEMONSTRAÇÃO DE COREOGRAFIA


Querido aluno,

esta próxima sexta-feira, teremos as nossas Queridas instrutoras Adélia Loureiro e Sabrina Vallar em demonstrações de coreografia do Método DeRose no Bar BerBer, na Póvoa de Varzim.

Participe, venha connosco e passe um agradável serão.

SwáSthya

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CURSO DE MANTRA - UNIVERSIDADE LUSÓFONA




Querido Aluno, a vinda do Educador DeRose está para breve!
É já no próximo mês e, teremos um curso aberto a Instrutores e Alunos. Esta é uma oportunidade imperdível e assim, receber directamente das mãos do Sistematizador do Método DeRose, o valioso conhecimento sobre mantra, a vocalização de sons e ultra sons.

CURSO DE MANTRA - Universidade Lusófona, Dia 14 às 14h00

Mahá Abraço

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

BAR KHAN EL KHALILLI DEMONSTRAÇÃO DE COREOGRAFIA


Queridos Alunos!

Amanhã temos o gourmet na escola com ementa Italiana, ainda está a tempo de se inscrever. Um pouco antes das vinte e três horas vamos ao bar KHAN EL KHALILLI na R. 5 de Outubro, apoiar a nossa Instrutora Adélia Loureiro que vai lá apresentar a sua coreografia.

Participe em mais uma actividade do Método DeRose, venha connosco.

Mahá Abraço!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SANKALPA BAND


Foi lançado o primeiro CD dos SANKALPA, brevemente estará disponível na nossa escola.

Sankalpa uma palavra Sanscrita. Língua esta que já se encontra extinta. Significa intenção, intenção na acção,.. a intenção em fazer-se algo. "Semente que fertiliza toda a acção." PROF. LUÍS LOPES (Presidente da Federação de Yoga do Norte de Portugal).

SanKalpa o nome dado a este projecto de três Instrutores de SwáSthya Yôga que demonstram uma das mais belas técnicas de auto-desenvolvimento e auto-conhecimento, através do seu raro e único espectáculo. Os Mantras, são vocalizações de sons e ultra-sons surgidos há mais de 5.000 anos na Índia. Estas vocalizações são extremamente poderosas, e actuam directamente nos vários estados de existência do Ser Humano (corpo físico, energético, emocional, mental, etc.). Funcionam através da aplicação da repetição dessas vibrações produzidas de maneira correcta.

No projecto SanKalpa todo o esforço foi concentrado em manter intactas essas vocalizações milenares, valorizando-as, ornamentando-as, e fortalecendo-as com o conhecimento musical de cada um dos membros.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Gala DeRose 09


Em Novembro de 2009, a Ordem do Mérito das Índias Orientais organizará a Gala DeRose, que pretende trazer uma programação de cariz cultural e de louvor a personalidades que marcam o cenário cultural no nosso país e no estrangeiro.

À luz de um passado expansionista, em que o Navegador Infante D.Henrique é o impulsionador, a cidade Invicta tornar-se-á uma vez mais protagonista e irradiadora de cultura para o resto do mundo. Desta feita, através da Gala DeRose.

Resumo da programação da Gala DeRose 2009, que contará com a presença do filósofo e escritor DeRose:

13 de Novembro de 2009 – Alfandega do Porto - 18h

- Lançamento do DVD do DeRose com uma entrevista sobre a cultura que promove quase há cinco décadas e de um livro sobre este mesmo percurso Histórico e Trajectória. Com sessão de autógrafos.

14 de Novembro de 2009 – Alfandega do Porto - 20h

- Exposição/Instalação Sútras – Máximas de Lucidez e Êxtase, por José Barbieri;

- Acto solene de distinção da Ordem do Mérito das Índias Orientais;

- Acto solene de entrega de certificados de Instrutor do Método DeRose.

14 de Novembro de 2009 – Alfandega do Porto - 22h

- Jantar de Gala.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O CORPO EM MOVIMENTO


É já este próximo sábado 31 às 15H00, com a Profª. Letícia Ziebell o curso corpo em movimento, venha aprender mais sobre as técnicas do Método DeRose, passar uma excelente tarde de trabalho, aprendizagem e convívio.
Esta é uma vivência que certamente se tornará inesquecível para si!

Programa:
Ásana o auto-conhecimento através do corpo.
Consciência de ásana.
Componentes do ásana.
Movimentação consciente.
Elementos de uma coreografia.
O movimento que surge.

Inscrições abertas, fale com o seu Instrutor, não perca.

Mahá abraço!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VINTAGE BAR


Queridos todos,

amanhã estaremos presentes no Vintage Bar com apresentação de coreografias do Método DeRose, pela Instrª. Sabrina Vallar. Primeira apresentação às 23h00, apareça um pouco mais cedo, contamos consigo.

Mais uma oportunidade para estarmos juntos, num sempre agradável convívio...

Mahá Abraço!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SÚTRAS



"O que os olhos não vêem o coração pressente."


Extraído do livro Sútras; autor, DeRose.




Comente deixe aqui os seus pensamentos e percepções...

Mahá Abraço!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SAT SANGA


Queridos alunos!

Hoje no nosso sat chakra, já terão um prenúncio daquilo que é um sat sanga, com a vocalização de sons e ultra sons, técnica do mantra o terceiro anga do ADY ASHTÁNGA SÁDHANA.
Sat sanga, significa na sua origem, reunião em boa companhia. Se nunca participou de nenhum, terá a oportunidade esta sexta feira dia 23, às 20h00 com a Instrª. Terezinha Dias.
Participe venha aprender mais e aprofundar de forma bem disposta e animada esta técnica.

Mahá abraços!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

RECEITA


Aproveitando o convite que o Outono nos faz, vou apresentar um prato de forno como sugestão desta semana.

Receita extraída do livro "O gourmet vegetariano" da Profª. Rôsangela de Castro



Lasanha de Palmito

Ingredientes

Massa para lasanha - 250gr
Tomate - 4 un.
Cebolas - 1 grande
Óleo - 4 colheres (sopa)
Açúcar - 1 colher (sopa)
Palmito - 1 frasco grande
Manjericão - a gosto
Leite - 2 xícaras
Manteiga - 2 colheres (sopa)
Amido de milho - 2 colheres (sopa)
Queijo parmesão ralado - 50gr
Noz-moscada ralada - a gosto
Queijo mozzarella fatiado - 250gr
sal - a gosto
Oregãos - a gosto
Azeite - a gosto

Modo de confecção:
- Numa panela grande, coloque água para ferver, acrescente sal e óleo e ponha a massa para cozinhar. Mexa de vez em quando.
Pode-se utilizar também a massa pronta e vai directo ao forno.
- Escalde os tomates em água fervente e logo em seguida banhe-os em água fria para retirar a pele. Em seguida pique-os.
- Corte a cebola em tiras finas, refogue-as no óleo até que fiquem bem douradas e acrescente os tomates. Adicione sal a gosto e o açúcar, para amenizar a acidez do tomate. Deixe cozinhar para formar o molho e, por fim, junte o palmito picado e o manjericão.
- Prepare o creme de parmesão: misture o leite com o amido de milho, a manteiga e o queijo ralado e leve ao lume. Mexa sempre até engrossar. No fim, junte a noz-moscada ralada.
- Monte a lasanha. Primeiro unte uma forma de vidro refractário com azeite. Coloque uma camada fina de creme de parmesão; depois, uma de massa; a seguir, o molho com palmito; depois, uma de massa, creme, fatias de queijo mozzarella. Complete com as camadas alternando-as desta maneira: massa, molho com palmito, massa, creme, queijo mozzarella. Regue com azeite e polvilhe com os oregãos.
- Leve ao forno quente e deixe até que todo o queijo tenha ficado bem derretido.

O óleo pode ser substituído por manteiga.

Experimente! Bom apetite...
SwáSthya

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

OPEN DAY - SAT CHAKRA


Quarta feira dia 21, temos um final de tarde em cheio...
18h00 Aula, traga um amigo para praticar consigo.
19h00 Palestra sobre respiração, respire cada vez melhor respira com mais consciência!
21h00 sat chakra, circulo de mentalização.

O sat chakra trata-se de uma prática feita em círculo, tradicionalmente é realizado uma vez por mês, reunimos todos os alunos para reforçamos os nosso objectivos individuais e comuns, é sempre transformador, pois o poder do grupo torna muito mais forte a nossa intenção.

Estrutura do sat chakra;
* Aquietamento-preparação
* Respiratórios-pránáyámas
* Vocalização de sons e ultra-sons:mantras
* Mentalizações
* Encerramento

Depois do sat chakra passamos ao convívio, geralmente segue-se um jantar de integração em que alunos ou instrutores que subam de grau apresentam as suas coreografias e recebem os seus pin`s de graduação.

Neste convívio é comum alunos de horários distintos travarem conhecimento e por vezes descobrirem amigos em comum que já praticaram ou praticam o Método DeRose.

Participe, não falte ao nosso Open Day de quarta feira, venha expandir o seu leque de amizades e passar um óptimo serão na nossa companhia...

SwáSthya

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CORPO EM MOVIMENTO




Queridos todos...

Teremos este maravilhoso curso com a Profª. Letícia Ziebell no dia 31 de Outubro, na nossa escola.

Informe-se com o seu instrutor.

Abraços de SwáSthya

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SÚTRAS


"Muito perde quem nada tem: a oportunidade de dar:"


Sútra extraído do livro do Mestre DeRose, MÁXIMAS DE LUCIDEZ E ÊSTASE.



Comente o Sútra, partilhe os seus insights connosco, participe escreva.

Bons pensamentos...
Mahá abraço!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CURSO COREOGRAFIA


Querido aluno...

Temos este sábado um excelente curso de coreografia, com a Instrª. Laura Ferro. Directora da Companhia SwáSthya de artes Cénicas.
Curso a realizar na Unidade Antas dia 17 de Outubro, 18h00

Fale com o seu instrutor, é uma oportunidade fantástica para explorar esta característica do nosso Método e evoluir.

Mahá Abraço

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Gourmet Gregário






Assim foi o gourmet na escola do Campo alegre...

O jantar estava delicioso, parabéns Alessandra! A festa em seguida foi super animada com boa música a marcar o ritmo...
Aqui ficam algumas fotos que relatam o acontecimento!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Gala DeRose


Querido alunos!

Novembro está a chegar e teremos a vinda do Educador DeRose entre nós. Não fique de parte, este é um privilegio o facto de sermos seus contemporâneos.

Teremos o lançamento de um livro, cursos para alunos e instrutores, acto solene de entrega de certificados.

Fique atento, mais novidades surgirão, organize-se para poder participar dias 13 e 14 de Novembro.

SwáSthya

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

TREINO MEDITAÇÃO


Alunos queridos...

Esta sexta feira teremos às 20h treino de meditação com a Instrª. Terezinha Dias. Venha aprender sobre este exercício que no conjunto do ády ashtánga sádhana, vai conduzi-lo à meta do Yôga, o samádhi.
Com este treino serão transmitidos conselhos de treino e metodologia, exercícios para aplicar no dia-a-dia e incrementar a sua prática diária.



Texto extraído do livro Mensagens do Mestre DeRose

Esta mensagem foi escrita em 1967, o que justifica
a utilização de alguns termos que já não aplicamos.

O Templo da Paz está dentro de ti. De nada adianta buscá-lo lá fora. Em teu coração jaz o recanto somente acessível a ti próprio e ao qual ninguém poderá penetrar. O nome desse Templo é Anáhata e ele constitui o teu refúgio indestrutível. A ele deves recolher tua mente pela manhã e à noite, a fim de manter o caminho aberto e livre de erva daninha. Nele deves penetrar em busca de ti próprio duas vezes por dia para cuidar do asseio de teu Templo Interior.

Imagina que tão logo cerres os olhos, teu coração se torna luminoso como um Sol e nele penetra a tua consciência, como se fora o recinto de um Templo material. Visualiza um aposento acolhedor e suave, banhado numa luz azul celeste diáfana e numa temperatura amena. A Harmonia das Esferas se faz ouvir na forma de melodia tranqüila e celestial. Coloca ao Oriente uma chama votiva na qual hás de incinerar teus momentos de amargura em holocausto de tolerância à Chispa Divina que habita em ti.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

GOURMET GREGÁRIO E FESTA







Queridos...

Este sábado temos um super gourmet na Escola do Campo Alegre, comemoramos o reinício das actividades de todas as escolas do Método DeRose, uma ementa escolhida a preceito, festa com DJ´s. Muito convívio e animação... Participa!

Ementa

Entrada: Cogumelos recheados

Prato principal: Lasanha

Sobremesa: Crocante de Brigadeiro

O valor para a festa é de €15. Faz a tua inscrição vai ser muito bom, nós estaremos lá...

Mahá abraço

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CURSO BÁSICO - A ÁRVORE DO YÔGA

Hoje a aula será sobre a árvore do Yôga.
Venha aprender sobre as raízes do tronco do Yôga, todos os ramos que daí surgiram e os vários tipos de Yôga.
As suas fundamentações tantra e sámkhya, filosófias que alicerçam esse mesmo tronco.

Curso básico, às 21h00 com a Instrutora Terezinha Dias.

Participe activamente...
Mahá abraço

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Entrevista com DeRose


Vale a pena ler, está uma entrevista mesmo muito boa...

Mahá abraço



Transcrição da entrevista, revisada

Entrevista concedida ao jornalista António Mateus, no Palácio Pestana, em Lisboa, no ano de 2009, transcrita por Alexandre Montagna e simultaneamente por Renata Coura e Maicon Casagrande, com a colaboração de Caio Martareli,
 Priscila Ramos, Raffa Loffredo, Taline Mendes, Rômulo 
Justa e Alessandra Filipini.

Depois de transcrito, o texto abaixo foi revisado e convertido de linguagem coloquial em linguagem escrita. Trechos foram suprimidos ou inseridos em benefício de uma melhor redação.

ENTREVISTA

A sua cultura promove um indivíduo mais lúcido, mais consciente, mais interventivo na sociedade. É isso?

A proposta é essa. A proposta é que através de um conjunto de técnicas e um conjunto de conceitos nós possamos levar a pessoa comum a um estado de consciência expandida. Se isso vai ser obtido ou não, vai depender de uma constelação de fatores. Entre eles, a própria genética do indivíduo. Quanto à parte controlável, vai depender da dedicação, do investimento de tempo na prática dessa filosofia e também do ambiente onde a pessoa vive. Porque vai depender muito da bagagem cultural que ela traz, da profissão que ela exerce, da idade com a qual começou.

É possível esculpir um indivíduo diferente, mais interventivo na sociedade?

Cada indivíduo é uma realidade distinta. As próprias técnicas, por exemplo, de oxigenação cerebral, vão reagir diferentemente de um indivíduo para o outro.

Mas o senhor tem uma intenção, tem um destino que quer cumprir no esculpir desse indivíduo?

Sim. A meta que nós queremos alcançar é conceder a essa pessoa um estado de hiperconsciência, um estado de megalucidez. Que, na verdade, é a direção na qual a humanidade está caminhando.

Quando as sociedades dos nossos dias não têm um perfil nem de indivíduo nem de sociedade em si, a sua cultura pode ser a proposta que falta. Esse indivíduo, obviamente diferente, mais lúcido, mais consciente, que impacto real ele tem na sociedade? Em que ele pode fazer a diferença?

Quando o ser humano tem mais lucidez, a primeira coisa que ocorre é que ele vai exercer melhor o seu trabalho, a sua posição na família, o seu engajamento em qualquer ideal, seja ele político, humanitário, filantrópico, artístico, seja lá qual for. E, além do mais, ele se sente integrado. Quando o indivíduo ainda não tem uma consciência plena, ele acha que o mundo se divide entre “eu e os outros”. No momento em que a consciência se expande, ele percebe que não existe essa coisa de “eu e os outros”. Somos todos uma só coisa, estamos todos interligados, não apenas dentro da espécie humana, mas entre todas as espécies e com o próprio planeta, com o próprio cosmos. E esse estado de consciência expandida é alcançável. Mas, geralmente, quando uma pessoa menciona a sua pretensão, a sua intenção de conseguir tal estado de consciência, um outro que não imagine o que é isso, que não tenha lido a respeito, que não tenha estudado, que não tenha se esclarecido, pode supor um ideal inalcançável, pode supor uma fantasia. Acontece que muita gente já logrou esse estado de consciência.

Esse estado de hiperconsciência, de megalucidez, traduz-se em quê no dia-a-dia?

No dia-a-dia, traduz-se em uma participação objetiva, que nós chamamos de ação efetiva. Porque muita gente tem iniciativas, mas poucas têm acabativas. Então, uma das coisas que uma consciência maior nos concede, é perceber que não adianta apenas o discurso, não basta a intenção, é preciso levar a cabo. É necessário ter a iniciativa, a acabativa, o resultado final, para a vida deste indivíduo, para a sua família, para os seus amigos, para os seus desamigos, para toda a sociedade, para a responsabilidade social, para responsabilidade ambiental, ou seja, ele vai expandido o seu campo de atuação, ele deixa de ser um indigente, ele deixa de ser um indivíduo que não é ouvido, que não tem voz, nem voto. Ele passa a ser uma pessoa que atua e que modifica o mundo em que vive. E como essa pessoa, em geral, é uma pessoa que tem nobres ideais, ao modificar o mundo em que vive, modifica-o para melhor.

Como é que a sua cultura faz isso sobre o indivíduo? De que instrumentos, de que ferramentas dispõe para fazer isso?

A Nossa Cultura! Eu chamo de “Nossa Cultura” porque é um conjunto de conceitos, é uma filosofia, é um sistema de vida. Essa Nossa Filosofia, essa Nossa Cultura, propõe atuar sobre o indivíduo através de uma reeducação comportamental progressiva e espontânea. Não somos a favor de doutrinação, portanto, doutrinação está excluída. Não somos também a favor de repressão. Sem doutrinação e sem repressão, o melhor caminho é o do exemplo. É a convivência. É o que nós chamamos de egrégora. É conviver com o poder gregário, de um grupo que já está dedicado a esses ideais. E, a partir daí, os conceitos são incorporados com muito mais facilidade. Quanto às técnicas, aí já é uma questão de dedicação individual, de praticar, de executar, de treinar.

Pode-se comparar esse tipo de intervenção como quem afina uma orquestra? Vamos reunir os violinos, as flautas, e pô-los todos a prestarem um comportamento numa mesma direção?

Certamente que é. Nós geramos uma sincronia entre todos os elementos que nos constituem como um ser humano. Não apenas corpo e mente, mas corpo físico, emocional, mental, intuicional, enfim, todos os elementos que vão sinergizar-se, como você muito bem exemplificou, como uma orquestra. Depois, nós vamos extrapolar para além do indivíduo. Não queremos que o nosso praticante se restrinja a atuar dentro do seu pequeno mundinho, do seu universo pessoal. Extrapolando, essa orquestra passa a ser também a orquestra da família, a orquestra do trabalho que ele executa, a orquestra da sua arte, de todos os elementos, pessoas, indivíduos, circunstâncias, daquele ambiente. À medida que vai ampliando seu campo de atuação, você chega a considerar que o mundo é muito pequeno, porque alcança as pessoas, através de veículos diversos. Outrora, era através da escrita, através de livros, antes deles, pelos pergaminhos. Hoje nós conseguimos atingir as pessoas por veículos eletrônicos, conseguimos estar num momento escrevendo em nosso computador e ao mesmo tempo sendo lidos, sendo acessados por pessoas em todo planeta.

Carl Sagan defende, pelo oposto, um sujeito que é contaminado pela sociedade, que é poluído pela sociedade. A Sua Cultura promove o oposto. Promove um indivíduo ativo, consciente, interventivo.

Eu concordo com ele. A sociedade contamina o indivíduo. Mas o indivíduo tem o poder de contaminar a sociedade. Isso parte da proposta de você realmente perceber que a sociedade tem esse poder, que todo o ambiente cultural em que uma pessoa vive, tem poder sobre nós. De fato, somos produto, nós somos frutos do ambiente, da cultura em que fomos educados, na qual vivemos. Se tivermos consciência disso, desse poder do ambiente de nos contaminar, e nos recusarmos a aceitar passivamente essa contaminação, então nós inverteremos o processo e passaremos a influenciar a sociedade, a cultura e o mundo em que vivemos.

Essa contracorrente do sujeito ativo, e não passivo, entronca naquilo que referi ao princípio, que é a perspectiva do indivíduo mais lúcido, mais consciente. Essa lucidez também tem a ver com o indivíduo aperceber-se de como a influência exterior lhe pode ser danosa, é isso?

Sim. Mas é preciso lembrarmo-nos de que esta proposta, embora revolucionária em termos comportamentais, não é agressiva, no mal sentido. Não é violenta. Ou seja, nós não estamos indo contra o que já está estabelecido, nós não queremos que as pessoas simplesmente mudem e adotem a Nossa Filosofia. A proposta é: quem já estiver pensando dessa forma, não se sinta um avis rara. Que esses indivíduos sintam que há outros que pensam da mesma forma. E, então, nós podemos nos reunir, comungar um mesmo ideal e compartilhar as idéias, os conceitos, as práticas, a maneira de viver, a maneira de constituir amizades, constituir relações afetivas, de uma forma que nós consideramos mais civilizada, que é muito mais amorosa, muito mais tolerante.

Certa vez uma jovem aluna do nosso Método nos escreveu uma linda cartinha que terminava dizendo: “Sempre me senti o coringa do baralho e agora encontrei um baralho em que todas as cartas são coringas.”

Porque Vossa Cultura não traz só uma proposta interior, do indivíduo, é também na forma como ele se relaciona com os seres humanos à sua volta, com o mundo físico à sua volta. Há uma nova estética e uma nova ética?

Certamente, porque o conceito de um interior pressupõe que haja uma dicotomia entre interior e exterior. E a Nossa Cultura não entende o indivíduo, nem o mundo, como uma coisa separada. Um corpo e alma, por exemplo. Um antagonismo entre o espiritual e o natural, o físico, o corporal. Então, nós entendemos que interior e exterior são uma coisa só. Que estando integrados, nós conseguimos realizar muito mais e muito melhor, muito mais bem feito o nosso trabalho. De nada adianta que consigamos proporcionar uma evolução pessoal a um indivíduo se isso não for se reverberar na sociedade, no mundo, na humanidade e até no meio ambiente. Um mais elevado nível de consciência forçosamente desencadeia uma nova estética e uma nova ética em relação aos valores que hoje estão vigentes. Por outro lado, nada do que proclamamos é novo.

Quando os governos dos nossos dias pouco ou nada se preocupam com o perfil de indivíduo a definir, com o perfil de sociedade a alcançar, a não ser no plano puramente material, do acerto de contas financeiras, é preciso haver um novo olhar sobre a qualidade do indivíduo. E a sua proposta de Cultura responde exatamente a isso. É um sujeito mais lúcido, mais ativo, e que sabe para onde ele quer caminhar?

Exatamente. E sempre sob a égide da tolerância. Porque, se não for assim, nós estamos correndo o risco de inventar uma religião nova, que não é absolutamente a intenção. A nossa é uma proposta educacional, uma proposta cultural, de levar o indivíduo a um patamar mais elevado de civilidade, de cultura, de educação, de senso artístico, de sensibilidade e, como você disse antes, de ética e de etiqueta também. A etiqueta é uma pequena ética. Quer dizer, nós temos a grande ética, e nós temos aquela ética, aquela etiqueta aplicada ao dia-a-dia, no relacionamento dentro de uma sociedade específica, na qual nós precisamos nos adaptar. Porque quando expomos uma proposta abrangente como esta, temos de considerar que existe uma cultura cristã, mas existe uma cultura hindu, uma cultura judaica, uma cultura islâmica e nós não podemos sugerir uma proposta que se adapte apenas a uma dessas culturas.

Isso muda completamente a dinâmica do mundo à nossa volta. Que possibilidades é que se abrem?

As possibilidades são múltiplas e bem abrangentes. No entanto, a realização é sempre lenta, porque a mudança de paradigmas é muito difícil para o ser humano. Nossos circuitos neurológicos foram projetados de uma forma que, a partir do momento em que aprendemos um determinado conceito, um determinado código de procedimento, não conseguimos mudar. É muito difícil mudar. Então, quando transmitimos este ensinamento, devemos nos lembrar de que é um ensinamento basicamente para um público jovem, adulto jovem. Adulto jovem, é aquele que está na ativa, é aquele que está na dinâmica empresarial, política, artística, enfim, em qualquer área. Essa pessoa tem condições ainda de processar uma transmutação na sua maneira de ser. Tem condições de incorporar uma nova práxis. E quem o tiver, no meu entender, é um adulto jovem.

Martin Luther King legou-nos um sonho que ele tinha – “I have a dream”. O John Lennon pintou com música – “Imagine”. Nelson Mandela trocou a sua liberdade por esse sonho. O visionário DeRose, como é que configura esse sonho?

Eu não diria visionário. Porque o nosso trabalho é muito terra-a-terra, é muito objetivo, vai diretamente ao indivíduo no mundo em que ele vive. Ou seja, sem subjetividades, sem teorizações, sem suposições. Ideais, sim. Mas dentro de um cuidado muito grande para que esses ideais não se tornem fanáticos. O fanatismo tem que ser evitado. Mas a intenção é justamente conduzir estes conceitos a que o indivíduo possa aplicá-los de fato. Que não seja apenas uma linda proposta, um lindo discurso, mas que ele realmente chegue lá na sua empresa e faça isso funcionar, modificando a estrutura do seu negócio, modificando a administração da empresa, tornando cada funcionário, cada colaborador seu um indivíduo que tem um valor, que tem um potencial, que tem uma criatividade e que é um ser humano. Não no sentido obsoleto de entender o funcionário e o empresário como forças oponentes num cabo de guerra, mas colocando todos a tracionar na mesma direção, direção essa que é o progresso individual e, por consequência, o progresso da sociedade.

Quando o senhor imagina, vamos pegar no “Imagine” do John Lennon, quando o senhor sonha um futuro, sonha o quê? Vê o que no fim dessa viagem?

No “Imagine” eu vejo um credo. O que ele propõe é realmente revolucionário. Até me causa espécie que não tenha havido reações mais virulentas contra aquelas propostas, porque Lennon exorta o indivíduo a superar as limitações de pátria, as limitações de fronteiras. Isso obviamente não agrada nada a maior parte da população, dos governantes, dos poderes constituídos. Querer que todos sejamos um só povo, uma única humanidade. E ao propor “no religion too”! Era de se esperar que todas as religiões censurassem a ousadia. Mas não aconteceu isso. A música é linda e o que nós vemos é que a sua letra é aceita por todos, inclusive pelos governantes, pelos poderes constituídos, pelas religiões em geral. As pessoas gostaram da mensagem de Imagine porque Lennon soube como expressá-la com arte e estética.

Mas o senhor quando mobiliza os seus instrutores, a sua família, a sua egrégora DeRose, está a configurar um futuro. Onde é o horizonte que configura para esta sua passagem pela vida?

Eu diviso, a curto prazo, pessoas mais felizes e mais saudáveis, com uma qualidade de vida melhor. Porque isto é o que as nossas técnicas proporcionam. Em primeiro lugar, maior qualidade de vida. A médio prazo, eu vejo prosperidade. A longo prazo, autoconhecimento.

Uma pessoa que tem melhor qualidade de vida, que tem mais tolerância, que sabe lidar com o ser humano, que sabe lidar com seus superiores hierárquicos ou com seus comandados, sabe lidar com seus clientes, com seus fornecedores, sabe lidar com seus amigos e com a sua família, com as suas relações afetivas, essa pessoa está no controle. Converte-se em um líder. Um líder sereno, carismático dentro do seu respectivo ambiente. Então, a médio prazo, isso proporciona estabilidade. Estabilidade na relação afetiva, estabilidade na família, estabilidade no trabalho. A conseqüência é prosperidade.

Eu já estou nessa caminhada há meio século. Durante estes cinquenta anos de profissão, tenho observado que de fato as pessoas que seguem a Nossa Cultura, a médio prazo, começam a conquistar a estabilidade, a prosperidade, mais felicidade, maior expectativa de vida.

O aumento da expectativa de vida é conferido, inclusive, pelos bons hábitos que são propostos. Nossa Filosofia ensina a não utilizar drogas, a não utilizar álcool, não utilizar fumo. E buscar hábitos saudáveis. Isto, muito longe de tornar a vida sem graça, torna-a muito mais interessante, porque aumentando a sua lucidez, se você não está sob influência de droga alguma. Então, se você não está sob o jugo de nenhuma dessas substâncias tóxicas, que interferem com a consciência, inquestionavelmente, desfruta de mais felicidade, mais lucidez, percebe o mundo de uma outra maneira e, consequentemente, o mundo e a vida ficam muito mais divertidos. Essa pessoa fica mais feliz de fato. E, a longo prazo, a proposta é aquele estado de consciência expandida que nos conduza ao autoconhecimento.

Esse é o objetivo a nível individual?

No âmbito individual, o autoconhecimento. Se um dia, a humanidade conseguir chegar a esse estado, nós vamos ter uma humanidade muito diferente da que temos atualmente, porque hoje nós partimos para soluções drásticas. Nós sempre observamos que, em um mesmo momento, várias nações estão em conflitos armados. Se conseguíssemos que, senão toda a humanidade, pelo menos aqueles que têm o poder de decisão, aqueles que podem criar leis, aqueles que podem declarar guerras, se todos esses estivessem em um estado de consciência melhor, mais expandido, nós teríamos um mundo muito mais harmonioso. Hoje, nós vemos que, muitas vezes, em muitos países, o governante não quer o bem-estar e a evolução do povo. Até porque, se o povo ficar mais lúcido, é capaz de tirá-lo do poder. Considerando o nosso ideal, nós [a humanidade] não estamos em um momento bom. E a demonstração disso justamente são esses conflitos que nós observamos em várias regiões do globo. Mas se, passo a passo, gradualmente, sem nenhuma intenção de converter pessoa alguma, aos poucos, isso der certo, no sentido de uma expansão para a população em geral, eu acredito que realmente nós vamos ter, num futuro, um mundo muito diferente.

O século XXI já está diferente se nós compararmos a qualidade de vida e o nível de consciência, não apenas de cultura, não apenas de informação, não apenas de ilustração, mas o nível de consciência mesmo da maior parte da população comparada com 200 anos, 500 anos atrás, 800 anos atrás, nós estamos numa curva ascendente.

O senhor regride aos alicerces do nosso existir no (livro) “Eu me lembro”, como quem ganha balanço em recuo para um salto. Esse salto leva-nos para onde?

O livro “Eu me lembro” é um conto ambientado num local, num período, numa civilização em que, até onde nos consta, pela história, pela arqueologia, habitava um povo que vivia em harmonia. A população tinha qualidade de vida, o cidadão era respeitado. Não se encontraram construções faraônicas para os monarcas, nem para o clero, mas encontraram-se casas muito confortáveis para a população. Estamos nos referindo a um período proto-histórico que está situado imediatamente antes do surgimento dos registros históricos. Os historiadores recorreram, muitas vezes à arqueologia, para poder montar um pouco da história daquele povo.

Estamos falando de 5000 anos atrás, 3000 antes de Cristo. E nessa época, nessa civilização, chamada Civilização do Vale do Indo, já havia cidades extremamente bem urbanizadas, saneadas, as casas do povo eram prédios com dois andares, e mais, com átrio para ventilação interna, com o banheiro dentro da casa, com água corrente. Mas isto, 3000 antes de Cristo, é qualquer coisa de inacreditável. Os próprios arqueólogos quando encontraram suas ruínas, recearam comunicar a descoberta às academias de ciências, receando ser tidos por imprecisos.

Então, as descobertas foram sendo comunicadas gradualmente. Convidaram outros arqueólogos, de diversos países, a que fossem lá constatar. Porque era realmente uma civilização excepcional para a época e até comparada com algumas regiões do nosso planeta atualmente. Então, imagine que, aquela ambientação na qual essa história, esse conto, essa ficção (o livro Eu me lembro…), se baseia, é a de um povo feliz, é de um povo saudável, estável, próspero dentro dos limites do período histórico. E recuando para essas origens, diríamos, muito próximo das origens da civilização mesma, nós aprendemos alguma coisa com eles. Algo que foi perdido depois.

As sociedades primitivas, não-guerreiras, todas tenderam ao matriarcalismo (como é o caso da civilização do Vale do Indo) e as sociedades patriarcais, todas foram guerreiras. Com a chegada dos arianos a 1500 a.C. ocorreu a consequente introdução do sistema patriarcal naquela região. Desde o passado remoto, o sistema patriarcal tem vivido da guerra.

Por outro lado, a sociedade matriarcal, privilegia a mãe, o carinho, o ventre, o seio… é uma outra forma de ver o mundo, uma outra proposta para administrar a família e o próprio Estado. Sem guerras, esse povo obviamente consegue dedicar seu tempo e os seus recursos econômicos à arte, à cultura, à ciência e à filosofia. Tudo isso, sem repressão, porque a sociedade matriarcal, em geral, não é repressora. Então, sem repressão, imagine até onde puderam se expandir os impulsos artísticos e culturais daquele povo.

No “Eu me lembro”, o senhor recua há um passado onírico e depois transporta-nos por uma realidade mais palpável, onde aspectos tangíveis, como os instrumentos de escrita, a própria linguagem, já são mensuráveis. É quase como se fosse uma visão antropológica. Como o senhor não dá um ponto sem nó, quer nos levar para onde com esse transporte?

Não nos esqueçamos de que toda a descrição é uma fantasia, porque nesse livro, “Eu me lembro”, eu discorro sobre memórias de um passado, mas esse passado não é nada espiritual, é uma história. Então, levando o leitor até aquela realidade cultural, até aquela civilização, até aquela maneira de ser, eu estou sugerindo uma reflexão do indivíduo a respeito da validade daquela forma de se relacionar com os filhos, com os pais, com os amigos, com os inimigos, com a pessoa amada. Então, talvez o conteúdo do livro possa fazer uma contribuição ao aprimoramento individual. Agora, onde está a fronteira entre a fantasia, a ficção, o mito e a realidade, isso eu deixo para que o leitor descubra.

No entanto, a segunda parte do livro, já tem um cariz quase antropológico, já não é uma ficção pura?

A ficção à qual eu me refiro é o conto em si. Eu utilizei o máximo possível de elementos palpáveis, de fatos reais, de dados históricos para construir o alicerce do conto. Eu vejo a possibilidade de que a pessoa, primeiro seja conquistada pelo coração, por isso o início do livro é muito doce, muito meigo, depois ele é romântico, e finalmente ele é, digamos, mais filosófico. Na parte final, ele perde um pouco da doçura, porquanto na idade madura tornamo-nos mais realistas. É a historia de uma pessoa que cresce. Primeiro é criança, então tem uma visão mais imaginativa do mundo. Depois torna-se adulto. Naquela época o homem tornava-se adulto aos 15 anos de idade, era a idade em que já estava apto a reproduzir, constituir família. E envelhecia cedo, já era um senhor aos 30 anos de idade. Nesse momento, ele já vê o mundo de uma maneira mais consistente, mais cuidadosa, mais prudente. Eu tento transmitir no texto um pouco da nossa filosofia, não muito, apenas um pouco, porque o livro é pequeno. É um dos menores livros que eu escrevi.

Pode ser menor em tamanho, mas eu senti que era o elemento mais instigante, porque há várias leituras a fazer por trás.

Sim, inclusive uma leitura revolucionária, no bom sentido. Uma leitura que subverte os maus hábitos e a estrutura de parca civilidade do nosso mundo. Não na intenção de demolir nada, mas no sentido de sugerir que o leitor pare e pense: “Afinal, essa proposta parece interessante! Quem sabe, nós podemos adotá-la? Vamos experimentar, vamos usar isso na família, vamos aplicar esses procedimentos com os nossos amigos.”

Quando o senhor, por exemplo, promove, em um dos seus pensamentos, defender a liberdade como primeiro pilar da nossa existência e, quando ela se choca com a disciplina, primar sempre pela liberdade.

Esse pensamento é bem categórico. Ele proclama que a liberdade é o nosso bem mais precioso.

No entanto, pela oposição, nós precisamos ter uma disciplina interior e existencial para defender os valores. Onde é que as duas fronteiras se cruzam?

A continuação desse pensamento diz que se a disciplina violentar a liberdade, opte pela liberdade. Como é que nós vamos temperar essas duas forças? A disciplina é fundamental, mas, se a disciplina de um grupo especifico, qualquer grupo que seja, um grupo político, um grupo de esporte, um clube de futebol, não importa o quê, se este grupo tem normas e tais normas, tal disciplina me violenta, eu devo priorizar a liberdade. Fazendo o quê? Brigando, indo contra? Não! Afastando-me. Obviamente, tal grupo não serve para mim. Esta empresa, este colégio, esta faculdade, este clube, não serve, porque suas normas me violentam. Então, eu saio procurando preservar as amizades e vou procurar a minha turma. Se nós fizermos isso, ao invés de querer bater de frente, conseguiremos desfrutar uma vida muito melhor. E é claro que eu respeito quem pensa o contrário. Há quem tenha a opinião de que, para defender um ponto de vista, nós precisamos brigar, gritar, insultar, agredir, fazer escândalo. É uma questão de temperamento, de educação, de caráter. Está bem. Mas esse é um outro grupo. Sempre que possível, procuro ficar distante dele.

O senhor, por exemplo, defende a disciplina, o rigor, a farda, o vestir da camisola [no Brasil, diz-se vestir a camiseta], e esse coletivo pressupõe uma secundarização do indivíduo. É correto isso?

Não, não é. Nosso discurso pressupõe que tudo que você disse é válido, desde que não violente o indivíduo. Não pode violentar a liberdade dele e tem que estar bem assentado sobre a tolerância. Se nós conseguirmos esse amálgama, que é alquímico, encontramos ali o equilíbrio do fio da navalha. Porque realmente é um equilíbrio sobre um caminho muito estreito. Uma brisa faz com que você se incline para um lado, para o extremismo da intolerância, da disciplina que tem que ser cumprida a todo custo, ou para o outro lado, da tolerância excessiva, da complacência com a falha.

Sua Cultura trabalha, por outro lado, sobre os extremos. Nós devemos trabalhar sobre aquilo que são as nossas dificuldades, os pontos menos bons, ou os pontos que são mais positivos?

Não sei se eu colocaria dessa forma, porque colocando assim nós, de uma certa forma, cristianizamos um pouco esse conceito, exacerbando a noção do bem e do mal. E a nossa proposta é a de que tenhamos sempre a consciência de que bem e mal são sempre relativos. “Você está fazendo errado.” Mas errado em relação a quê? Com relação a que momento? Richelieu disse, certa vez, que ser ou não ser um traidor é uma questão de datas. É um pouco isso, a respeito do certo e do errado. Em que sociedade, em que religião isto é certo ou isto é errado? Você entra numa igreja católica e tira o chapéu em sinal de respeito. Aí você entra numa sinagoga e coloca-o, em sinal de respeito. Eu me lembro de que uma vez nós fomos visitar um templo sikh, na Índia, e eles pediram para cobrirmos a cabeça. Até a câmera que eles mesmos usavam para gravar o ritual, era coberta em sinal de respeito, com um tecido branco. Conclui-se, portanto, que tudo é convenção. E nós temos que estar conscientes disso cada vez que nos deixarmos conduzir, dentro da tradição que recebemos, que é a do bem e do mal. “Este é o seu lado mau”. “Isto foi um erro cometido”. Talvez, observando sob outra ótica, não seja bem assim. É melhor considerar: isto talvez não tenha sido conveniente, neste momento, ou neste grupo. Não que seja mau, ou que seja errado. Outro sútra diz que mal é o nome que se dá à semente do bem. Porque tudo o que você passou na vida de “mal” ou de “mau”, você pode observar que, em seguida (ou já, ou logo depois), produziu um fruto muito bom.

Realizando a lucidez do cidadão consciente, o indivíduo lúcido, na viagem para o estado de hiperlucidez, esse sujeito tem que ter uma visão para onde caminha. Como quem vai fazer uma corrida de fundo, ele tem que saber, para se automotivar, para onde ele caminha. A Sua Cultura, como é que o impregna desse sentido objetivo?

Nós procuramos ver como se fosse uma viagem linda que você está fazendo de trem e que sabe que o percurso conduz a um determinado destino. Mas você olha a bela paisagem do lado de fora, conversa com um amigo do lado de dentro, vai até o vagão restaurante, delicia-se com uma comidinha, recosta, dorme um pouco. Você usufrui. Você desfruta do prazer da viagem. E, assim, chega mais rápido. E se o indivíduo ficar só pensando: “eu tenho que chegar; o meu destino, o meu destino, o meu destino”. A viagem fica desagradável e parece mais longa. Com relação à nossa meta, a recomendação é: não se preocupe com a meta. Vamos desfrutar a comunidade, as pessoas. As pessoas que, em geral, seguem este sistema, são pessoas interessantes, são pessoas bonitas, por dentro e por fora, são pessoas educadas, sensíveis, que têm assunto para conversar com qualquer interlocutor.

No entanto, quando nós vemos, por exemplo, uma sociedade conservadora que, vamos imaginar, por exemplo, defende que a mulher deve ter um papel na sociedade, que deve viver para o marido, para os filhos, para as aparências, o estado de lucidez permite a ela derrubar essa fronteira. A sociedade conservadora não hostiliza imediatamente essa lucidez?

Não, porque nós não criticamos a postura tradicional em muitas sociedades hoje vigentes no mundo. E como a Nossa Filosofia não tem intenção de catequizar, não é uma coisa que queira se expandir e, enfim, tomar simpatizantes de outros sistemas filosóficos, muito menos dos religiosos. Por esse motivo, nunca houve uma reação negativa, nunca houve uma oposição com relação a esta proposta.

Mas pode haver no âmbito das células familiares. Por exemplo, se eu desconheço determinada luz, sinto-me perdido no meu túnel de sombra e, de repente, aparece uma luz no fundo desse corredor, que pode ser, suponhamos, a Sua Proposta, e eu, de repente, passo a caminhar com outro alento nessa direção. E se o túnel de sombra é criado pela estrutura conservadora que a sociedade foi montando à minha volta, eu torno-me rebelde. Pelo menos caminho numa direção oposta. Essa cisão não cria anticorpos?

Quando num casal, numa estrutura familiar, um dos dois cônjuges adota esta filosofia e o outro não, eventualmente, pode ocorrer inicialmente alguma dificuldade de comunicação, como se só um dos dois adotasse um partido político, diferente do do outro cônjuge, ou um time desportivo, contrário ao time do outro cônjuge. Isso pode gerar um atrito momentâneo, caso não se verifique uma atitude de compreensão, carinho e respeito. Se você evoluiu, se adotou uma filosofia que tem pretensão a uma evolução maior, uma civilidade maior, uma lucidez maior, quem mudou foi você. Porque os dois se casaram dentro de uma determinada visão que um tinha do outro, e cada qual gostava do outro como ele era. Criaram-se regras e você mudou as regras do jogo, no meio do jogo. Quem está errado não é o cônjuge, que está reagindo mal. Então, você precisa ter mais paciência, tem que ter mais tolerância, deve tentar içá-lo, sem forçá-lo a isso. Talvez consiga incentivá-lo a adotar o mesmo estilo de vida através do exemplo, pela sua forma de agir, mostrando que hoje você é uma pessoa muito melhor para ele ou para ela.

E se a outra pessoa preferir viver em outro tipo de referências. Por exemplo, quiser viver para as aparências e não para o conteúdo do bolo?

Tem sido raro. O que nós temos observado, é que se houver o processo que eu mencionei, de tolerância, de paciência e de carinho, cativando a outra pessoa ao invés de cobrar dela uma postura, o cônjuge, geralmente, acompanha. Porque ele gosta do que ele está vendo. Seja marido, seja mulher, nota que o outro melhorou. Melhorou como pai ou mãe, melhorou como marido ou esposa, melhorou como amante, melhorou como companheiro, como amigo. Então, em geral, ele ou ela acaba aceitando de bom grado e adotando a mesma filosofia de vida.

No “Encontro com o Mestre”, o pós-imberbe DeRose encontra-se com o DeRose já maduro, já consciente. O que é que o Mestre já consciente diria hoje ao DeRose pós-imberbe? Seria a mesma coisa que disse no livro?

Iria resultar no mesmo desencontro que eu expus no livro, porque ali era o autor com 58 anos, conversando com ele mesmo aos 18. Foi uma ficção, em que o DeRose de 18 anos aparece na vida do DeRose de 58. Ele, então, discorda, discute, debate. Ele diz: “não pode ser assim; eu não concordo com isso; isto não pode ser”. E o diálogo entre os dois, entre o jovem idealista de 18 e o homem experiente de 58, pretende dar ao leitor um equilíbrio entre as duas opiniões, porque muitos dos nossos leitores têm 18, 20, 25, 30, e outros têm 50, 60, 70, 80. São dois universos completamente diferentes e o livro procura casar esses dois universos, mostrando que ambos estão corretos, que tudo é uma questão de perspectiva.

Os dois equilibram-se? São uma mesma coisa? São dois olhares sobre a mesma coisa? Ou um é uma evolução sobre o outro?

Eu diria que, na verdade, os dois têm seus preconceitos, seus pré-conceitos. Ambos discriminam e ambos procuram não discriminar. Ambos tentam não ter preconceitos e aí, o mais velho aprende com o mais novo, e o mais novo aprende com o mais velho.

Nós tendemos a acrescentar na diferença. Normalmente as pessoas lidam muito mal com o que lhes é diferente, defendem-se, rejeitam, oprimem, suprimem, em vez de somarem-se na diferença.

Essas diferenças são muito importantes. Se todos os meus amigos só me fizessem elogios, eu estaria cercado por bajuladores, como alguns monarcas no passado e alguns empresários hoje. O que eu vou aprender com isso? Vou estar errando e todos vão dizer que estou acertando. Não vão me ajudar em nada. Mas quanto aos meus críticos de plantão, quando eu ainda nem tiver chegado a errar e eles já estarão me apontando o dedo. Quem estará me ajudando mais? Quem estará me ajudando mais é aquele que se considera inimigo, mas que, na verdade, é mais eficiente do que os meus amigos ao promover o meu crescimento, porque me mostra o lado sombrio do que eu estou cometendo ou do que estou prestes a cometer. Ele aponta o erro e eu posso corrigi-lo. Sempre comparo o amigo e o inimigo a uma árvore, em que as raízes, que estão nas trevas, que crescem para baixo, são os inimigos, porque estão nas trevas, mas sem os quais a árvore não fica em pé. A árvore precisa das raízes e os inimigos são as raízes. Já os amigos são as flores, são os frutos lindos, maravilhosos, mas sem as raízes, não existiriam.

O senhor, neste outro livro que acabou de ser lançado em Lisboa, dá logo o exemplo até na dedicatória da obra, porque dedica não só a pessoas que o senhor admira pela luz, mas também por uma pessoa em particular, que o obrigou… Pode nos falar um pouco disso?

Há pessoas que, às vezes, por implicância, até por não conhecer bem o outro lado, a outra verdade, atacam, difamam, agridem, injuriam, excluem. Você pode se considerar um perseguido, injustiçado, pode se considerar uma pessoa infeliz, pode ficar ressentido. Ou pode perceber, numa visão de grande angular, que aquilo ali foi extremamente importante e você pode ser grato àquela pessoa. Mas com sinceridade. Não adianta ser grato com hipocrisia. Obviamente, tem que ser uma atitude autêntica. E ali na dedicatória do meu livro sou muito sincero. Se o referido senhor não tivesse desencadeado toda aquela implicância, que ainda ocorre hoje, e não tivesse gerado todo um fã clube dele contra o nosso trabalho, hoje nossa obra seria imperceptível. O cristianismo só ficou conhecido porque foi perseguido, senão teria sido uma pequena seita judaica que teria desaparecido logo depois. Mas a perseguição deu visibilidade e, a partir daí, pessoas que concordavam com aquele ponto de vista, puderam conhecê-lo, fortalecer suas fileiras e fizeram com que se perenizasse.

Isso não é o que nós entendemos ou que a Sua Cultura descreve como ahimsá? Não é o trocar o fel por mel, é algo muito mais profundo?

Nossa Cultura propõe um conceito de não-agressão ativa e jamais passiva. Se você tiver maturidade e autoestima, tem condições de compreender que determinada pessoa está sendo agressiva porque ela tem medo. Uma pessoa é agressiva quando teme.

Se aqui entrar a Jaya, que é minha weimaraner, um cão de grande porte, abanando o rabinho, nós vamos dizer: “que bonitinha, vem cá, deixe-me fazer um carinho.” Mas, se entrar aqui, rosnando, mostrando os dentes, você logo diz: “tira esse bicho daqui senão eu dou uma pedrada nele.” Por que você ficou agressivo? Ficou agressivo porque sentiu medo. E assim é em todas as situações. Se você prestar atenção, analisar com imparcialidade, vai notar que, em todos os momentos nos quais uma pessoa ficou agressiva foi porque ela sentiu medo, sentiu-se ameaçada, entrou em defensiva. Algumas pessoas são assim o tempo todo porque o mundo lhes parece ameaçador.

Se alguém lhe for agressivo, você pode, ou ter uma reação imatura, que é: foi agressivo comigo, devolvo-lhe agressividade e meia. Ou pode ter uma reação ponderada, de pessoa que tem elevada autoestima e que tem maturidade. Se foi agressivo comigo, eu tenho que compreender que você se sentiu agredido por mim, mas eu não tive a intenção de agredi-lo; você se sentiu ameaçado por mim, mas eu não tive a intenção de ameaçá-lo; você talvez tenha tido um péssimo dia; talvez tenha um péssimo casamento; não sei, talvez tenha dificuldades, problemas na sua vida. E eu vou devolver mais agressividade? Isso não vai me ajudar. Não vai ajudar a nossa relação, quer seja uma relação de negócios, se for uma relação de amizade, não importa o quê. Devolver agressividade é tentar combater o ódio com mais ódio. Tentar combater fogo com gasolina. Essa atitude não ajuda.

Eu gostei muito da sua frase “devolver fel com mel”. É interessante, é mais ou menos isso. Porque se a pessoa agrediu e você lhe retribui com um sorriso, um sorriso sincero, aquela agressividade se reduz. Reduz-se drasticamente.

Lembro-me de uma situação em que houve encontro de duas linhas filosóficas de nomes quase idênticos, mas que são antagónicas. Nesse encontro, entre as duas filosofias, uma senhora, professora da outra linha veio caminhando na minha direção, com o dedo em riste e disse: “DeRose, você isso, você aquilo!” E começou a me insultar em altos brados, com a intenção assumida de que todos escutassem. Imagine a cena kafqueana: ela era professora de uma filosofia que prega o equilíbrio, a não-agressão e o autocontrole, insultando e agredindo outro professor, só por ser linha diferente! Todos pararam para ver qual seria a minha reação. “Será que tudo isso que ele diz, afinal é mentira? Como será que ele vai reagir? Ele vai dizer umas boas a essa senhora? Vai gritar com ela? Talvez agredi-la? Vai virar-lhe as costas e sair andando como um mal educado? Ou vai ficar parado ouvindo, passivamente, deixando que ela agrida, fale, fale, fale, insulte, insulte, insulte? Qual será a reação?”

A reação foi: agarrei a senhora, abracei-a fortemente e quando eu a soltei, ela já não tinha mais agressão alguma, não tinha insulto algum para dizer. Quando eu a soltei, ela olhou para mim e disse: “Ah! DeRose, você, hein?” Pronto, tirou o fel com o mel do abraço, sem dar a outra face, sem ficar passivamente escutando as agressões dela e sem devolver as agressões o que, afinal, não ajudaria nada a minha relação com ela, não ajudaria nada minha imagem com os outros que estavam assistindo. E também não me ajudaria comigo mesmo, porque naquela noite eu não teria dormido tão bem.

Isso pressupõe o tal indivíduo que a Sua Cultura, o Método DeRose, pretende esculpir, do tal indivíduo lúcido, que se apercebe de uma forma como quem vê um filme o que está a acontecer a sua volta, e reage de uma forma atuante, consciente e lúcida, e não de uma forma primária.

Exatamente. Vamos trazer isso para a realidade de um casal, de um casamento, enfim, qualquer relacionamento afetivo. Em um casal, ambos sabem exatamente qual é a fisionomia, qual é o tom de voz e qual é a frase que irrita o outro. Sabem perfeitamente, pois vivem juntos. E num conflito de casal se este disse aquela palavra ou fez aquela cara, o outro sabe exatamente qual é a fisionomia, qual é o tom de voz e qual é a palavra que vai agradá-lo, que vai atenuar aquela situação. Mas por que não diz? “Porque eu não vou me dobrar, não vou ceder, senão o outro pisa em mim.”

Depende da sua atitude, ao dar essa palavra para interromper o conflito conjugal que pode surgir ali. E depois estabelecer limites. Se essa relação pode ser mantida, ela vai ser mantida com respeito, com consideração, com carinho, com companheirismo. Se não puder ser mantida, é uma pena. Porque toda relação que se rompe tem um custo emocional muito caro, um custo sobre a saúde muito alto. Mas, paciência. Há um momento mágico em que as relações precisam mesmo terminar porque, nesse caso, os protagonistas terminam o relacionamento como amigos. E se ultrapassar o momento mágico e as pessoas insistirem que tem que permanecer juntas, talvez na hora em que mudarem o status quo, rompam como inimigos, com ressentimentos.

Às vezes, é apenas a questão de “hoje eu cedo e amanhã a outra pessoa vai ceder”. Porque há uma reciprocidade natural entre os seres humanos. Quando você tem uma atitude cavalheiresca, uma atitude fidalga com relação a uma pessoa, mesmo que íntima, mesmo que seja um irmão, mesmo que seja um cônjuge, a tendência é que o outro reaja de uma forma semelhante numa circunstância imediata ou futura. Certa vez, um amigo meu estava dirigindo e conduzia muito mal. Fez uma conversão péssima e o outro motorista quase abalroou o carro dele, pôs a cabeça para fora e já ia dizer uns impropérios. Esse meu amigo abriu-lhe um sorriso muito simpático, como quem diz: desculpe, eu errei. O outro motorista botou a cabeça para dentro e disse: “vai, meu filho, vai!” E não deu briga. O que evitou o confronto? Foi só um sorriso.

A importância do indivíduo mais consciente, mais lúcido, mais atuante a todos os níveis. É isso que a Sua Cultura quer relançar dentro da sociedade?

Precisamente. A tendência é colocar um rótulo nessa Cultura. Eu prefiro chamar de Nossa Cultura ou Nosso Sistema, Nossa Filosofia, evitando colocar rótulo. Por que? Porque na hora em que as pessoas colocam rótulos, elas engessam a coisa. E aí começam todas as intolerâncias, até com relação a quem está fora. Uma das confusões que eu procuro corrigir, uma das visões distorcidas, é que a pessoa pratique o Método dentro da sala de aula na qual ela o aprende. Só que ali é para aprender, não é para praticar. É para pôr em prática na vida real.

Por exemplo, se dentro de uma sala de classe, nós ensinamos a respirar corretamente, na hora em que a pessoa sai por aquela porta e vai embora, ela não há de sair respirando errado. Caso contrário, não terá adiantado nada. Ela aprendeu a respirar certo aqui dentro, agora deve sair respirando certo e ir caminhando até o seu carro respirando certo, deve sentar-se e conduzir o veículo, respirando corretamente. Chega ao seu escritório e vai trabalhar, ou chega ao seu ginásio e vai fazer esporte, respirando corretamente. Vai respirar corretamente, de forma mais produtiva, sempre, porque foi isso que aprendeu aqui. Eu usei como exemplo a respiração, contudo, poderia utilizar qualquer outra técnica para ilustrar. Esse conjunto de técnicas e conceitos que o praticante aprende na nossa instituição, ele deve aplicar em todas as situações da vida. Isso é o que nós tentamos explicar, tentamos expor. Que o nosso aluno vai transmitir isso, vai irradiar isso, para toda a sociedade, porque ele vai irradiar para a família, vai irradiar aos amigos, vai reverberar aos seus colegas de trabalho. Então, aquilo vai criando ondas de choque e nossa proposta acaba por contagiar de uma forma positiva todas as pessoas que travam contato com o nosso praticante.

Se o Carl Sagan dizia que a sociedade corrompe o indivíduo, esse efeito impregnador também pode funcionar, e deve, e o senhor pretende que funcione em sentido contrário?

Sabemos que a sociedade influencia o indivíduo. No entanto, o indivíduo também influencia a sociedade.

Se o senhor escrevesse agora não o “Eu me lembro”, mas o “Eu sonho”, que sonho é que se escreveria?

Na verdade, no “Eu me lembro” eu não conseguiria acrescentar mais nada, porque aquele livro me saiu numa arrancada só. Às sete da noite eu comecei a escrever. Às sete da manhã, fui descansar. E pronto, estava terminado.

E o “Eu sonho”, o que é que tinha lá dentro?

Não sei. Há muita coisa! Eu tenho muitos sonhos!

Podemos pegar-lhe por uma ponta, por um pé?

Que eu espero um dia poder expressar.

Mas vê, com certeza. Nós sonhamos que os nossos filhos cresçam num mundo, numa determinada direção. E nós configuramos qual é essa direção. O senhor não “hipotecou”, não investiu 50 anos de investigação, em procura de saberes, sem sentir dentro de si onde é que queria chegar? Onde é que quer chegar?

Eu gostaria de chegar a um ponto em que as pessoas, minimamente, escutassem o que nós temos a dizer. Que nos permitissem falar. Que não nos amordaçassem. Nós temos coisas muito boas para dizer, não propondo um debate, mas propondo uma reflexão. O que ocorre é que os que não gostam do sistema, ou pensam que não gostam, não escutaram. Eles não conversaram comigo, não conversaram conosco, não conheceram a nossa gente, não leram nossos livros. O meu sonho seria poder arrancar essa mordaça.

Eu me sinto sob aquela punição antiga, punição eclesiástica, denominada silêncio obsequioso. “Disse o que não devia, não falará mais.” Não querem que eu fale. Mas você observa que o que eu digo não é polêmico. Não considero polêmico, porque nós não estamos polemizando, nós não estamos discordando dos outros. Não é agressivo, acho que não é, não tenho intenção de que seja. Não quero agredir ninguém. E a proposta é boa, a proposta de boas relações humanas, boas maneiras, boa saúde, boa qualidade de vida, boa cultura, bons hábitos. Nós trabalhamos essencialmente com adultos jovens. Portanto, ao produzir uma juventude saudável, longe das drogas, do álcool e do fumo, se mais nada prestasse no nosso trabalho, pelo menos isso seria uma contribuição a ser reconhecida. Contribuição essa que o nosso trabalho já está há meio século proporcionando à sociedade.

Para nós que de fora visitamos a Sua Cultura, vamos fazer um exercício de flash. A sua visão ou a sua missão aponta para onde? Onde é o horizonte que configura para esta sua passagem pela vida?

Eu tenho conhecido gente muito interessante, realmente exemplos de seres humanos. Pessoas com quem eu tenho o privilégio de conviver. Algumas há mais de 30 anos, outras há mais de 20 anos, outras que eu estou conhecendo agora, como é o seu caso, e que pra mim constitui um privilégio. Essa profissão nossa, esse nosso ideal, nos permite isso: conhecer pessoas. Nós não somos head hunters, nós somos heart hunters.

Obrigado!